domingo, 14 de abril de 2013

Textos desafios globais (leiam pelo menos oque é)


A EPIDEMIA DE AIDS NA ÁFRICA

Na África existem milhões de pessoas portadoras do vírus HIV. Enquanto na Europa, nos Estados
Unidos, e mesmo no Brasil as campanhas de prevenção têm conseguido deter a epidemia, e prolongar a vida de milhões de pessoas contaminadas, na África não há mais esperança em relação ao caso.
A pobreza, a falta de informação e as guerras produziram uma bomba de efeito retardado que está
dizimando a África: nas duas últimas décadas. A AIDS matou 17 milhões de pessoas no continente, quase tanto quanto catástrofes históricas como a gripe espanhola do início do século passado (20 milhões) e a peste negra, na Idade Média (25 milhões). De cada três infectados pela AIDS no planeta, dois vivem na África. A cada minuto, oito novos doentes surgem no continente. Países como Zimbábue convivem com índices de contaminação de 25% da população. Para se ter uma ideia do que isso representa, o Brasil tem 540 mil pessoas infectadas, uma taxa de contaminação de 0,35% da população.
A AIDS é uma doença que pode ser transmitida com as relações sexuais sem o uso dos preservativos,
drogas injetáveis com agulhas já usadas, transfusão de sangue, de mães contaminadas para seus filhos através da gestação. Na África do Sul, a incidência de estupros é epidêmica como a própria síndrome, e as duas estão vinculadas. Oficialmente, ocorrem 50 mil estupros por ano - há estimativas de que esse número seja superior a um milhão.



AS REDES DO CRIME INTERNACIONAL – NARCOTRÁFICO

O narcotráfico é caracterizado pela venda de substâncias ilícitas, sendo, portanto, uma atividade
ilegal. O faturamento obtido através da venda dessas substâncias é extraordinário, conforme estudo realizado pela Organização das Nações Unidas (ONU) estima-se que a renda anual de drogas ilegais seja de 400 bilhões de dólares, correspondendo a aproximadamente 8% do comércio internacional, superando a indústria automobilística e a atividade turística no Brasil. Um bom exemplo para demonstrar a lucratividade do narcotráfico é a produção da cocaína. Na Colômbia, país responsável por 75% da produção de cocaína mundial, um quilo do produto puro é vendido por 1.500. Nos Estados Unidos, nação que possui o maior mercado consumidor de drogas, o quilo da cocaína é vendido a 25.500 no atacado. Após passar por várias alterações, o quilo dessa cocaína rende 110 mil através
dos consumidores, ou seja, um lucro de 108.500 dólares. A coca (matéria-prima da cocaína) é cultivada em larga escala na Bolívia, Peru e, principalmente, na Colômbia. De acordo com a ONU, essas três nações são responsáveis pela produção de cerca de mil toneladas de cocaína por ano.
As drogas são distribuídas para os mercados consumidores das mais diferentes formas. O tráfico é
realizado através de aviões, caminhões, carros, ônibus, barcos, entre outros. O envio de grandes quantidades de drogas é normalmente realizado por meio de contêineres, misturados com fumo, soja, arroz, etc. O mercado é amplo e expande-se a cada ano, cerca de 5% da população mundial é usuária de drogas ilícitas, sendo a maconha, a mais consumida. Conforme o relatório sobre Estratégia Internacional de Controle de Narcóticos, o Brasil é o principal exportador de drogas para os Estados Unidos. O país possui condições favoráveis para o narcotráfico, pois tem um grande mercado consumidor (atualmente é o segundo maior do mundo), posição geográfica estratégica para o transporte internacional de drogas e faz fronteira com três dos grandes produtores de cocaína e maconha. Cerca de 10% do dinheiro arrecadado pelo narcotráfico fica em terras brasileiras. Além da venda de substâncias ilícitas, os narcotraficantes estão envolvidos com roubos de carros, bancos, caixas eletrônicos, tráfico de armas, crianças, órgãos humanos, prostituição, pornografia infantil, sequestros, lavagem de dinheiro, financiamento de campanhas políticas, etc. Essa é uma atividade bem lucrativa, no entanto, como em qualquer outra atividade ilegal, o narcotráfico é responsável por um grande número de assassinatos e detenções. Estima-se que 20% dos presos brasileiros estejam envolvidos com o tráfico de drogas, sendo que com as mulheres, essa proporção é bem maior – 60% das presidiárias.


AS REDES DO CRIME INTERNACIONAL – TRÁFICO DE PESSOAS

Tráfico de pessoas: jovens vítimas escravizadas fora do país 

O que restou para a família de Simone foi uma foto, a sensação de impotência e impunidade, além do
vazio eterno ocasionado pela saudade. A jovem de 23 anos deixou o Brasil em busca de melhores condições de vida na Espanha. Aliciada por uma quadrilha que trafica mulheres para fins sexuais, Simone morreu misteriosamente no país desconhecido, apenas três meses após sua chegada. Até hoje, os pais buscam explicações para o fato e dizem que nunca mais foram os mesmos desde o falecimento precoce da filha. Simone faz parte da obscura estatística, que não possui números precisos para medir a quantidade de seres humanos vendidos e explorados como animais fora do país. Os ativistas na luta contra essa realidade, como o bispo de Marajó (PA), Dom José Luiz Azcona Hermoso, afirmam que isso acontece porque as quadrilhas de traficantes são grupos tolerados pela sociedade por seu alto poder econômico e a capacidade de eliminar aqueles que as denunciam. De acordo com a Organização das Nações Unidas, o tráfico de pessoas para exploração sexual é a terceira maior fonte de renda ilegal no mundo, movimentando em torno de 32 bilhões de dólares por ano. Estima-se que, por ano, quase um milhão de pessoas são traficadas, das quais 98% são mulheres. O Brasil
lidera o vergonhoso ranking dos maiores exportadores de mulheres, com 85 mil vítimas.
O estado de Goiás é um dos campeões nacionais no tráfico de pessoas, sobretudo mulheres. Para o
membro do Núcleo de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas (NETP), o juiz Rinaldo Aparecido Barros,
muitos aspectos contribuem para a liderança do estado, entre eles, a beleza da mulher goiana, que é a mão de obra predileta e prioritária para os traficantes, os quais fazem falsas promessas de emprego como babás e modelos e até mesmo apresentam a prostituição como uma oportunidade mágica de enriquecimento. O juiz afirma que o tráfico de mulheres costuma ser mais vantajoso para um criminoso que o tráfico de drogas, uma vez que a mulher explorada não é descartável e pode ser reutilizada por meio de diversas vendas, sendo esse ciclo encerrado apenas com a morte ou o enlouquecimento da vítima.

Mulheres de vida nada fácil 
Entre promessas de despesas pagas, emprego garantido e muitos sonhos de uma vida melhor, as vitimas do tráfico internacional de pessoas, têm como destinos mais frequentes Espanha, Suíça e Portugal. Ao chegar ao país de destino, a realidade é totalmente diferente daquela prometida pelos aliciadores. As mulheres se endividam com o traficante, que lhes cobra o valor da passagem e da hospedagem, e exigem uma porcentagem dos muitos programas que são obrigadas a realizar. Eles também cercam sua liberdade, retendo o passaporte e não permitindo que elas transitem livremente pela rua nem falem ao telefone sem monitoramento. Nas senzalas do século XXI, as escravas sexuais são algemadas às crescentes e impagáveis dívidas impostas pelos “barões do tráfico”, que tornam a alforria um ato praticamente impossível. A situação se torna ainda pior com as inúmeras pequenas regras que regem o serviço e que geram multas se forem infringidas. Os mais variados motivos geram penas financeiras absurdas. Nos prostíbulos onde são essas mulheres escravizadas, não se pode descer dos quartos de sandália, nem deitar no balcão ou passar da hora; é proibido ir à rua com roupas curtas; as atividades exploratórias sempre devem começar em horário determinado. Quem infringe essas normas paga multa. As mulheres também pagam multa quando recusam um cliente. Ou seja, é praticamente impossível se libertar desse cativeiro e para conseguir dar conta das “regras” e aguentar essa vida, muitas dessas mulheres se veem obrigadas a fazer uso de drogas.
As mentiras que os aliciadores contam
De acordo com a titular da Delegacia de Defesa Institucional da Polícia Federal, Marcela Rodrigues, o
aliciador (ou aliciadora) geralmente aborda as jovens oferecendo trabalho no exterior ressaltando sua beleza, suas características corporais e a facilidade para ganhar dinheiro. “Elas sabem dos desejos e das dificuldades dessas jovens e sabe convencê-las porque apresentam sua própria trajetória como vitoriosa. E, ainda, ressaltam a superioridade da mulher brasileira em relação às europeias no que concerne à sexualidade e que seriam as preferidas dos homens estrangeiros”.
Por incrível que pareça, comumente o aliciador é uma pessoa próxima, e possui com a vítima,
relações que envolvem afetividade. Para a psicóloga Cíntia Maia, da Diretoria de Políticas Públicas para as Mulheres, como já há um vínculo com o aliciador, existe um maior respaldo na hora do convencimento, que envolve promessas de uma vida farta e dinheiro em abundancia.
Vislumbradas com essas possibilidades elas encaram tais propostas, como uma oportunidade de
enriquecimento. Dados da Polícia Federal apontam que as mulheres aliciadas, são em maioria, jovens de
baixa  renda, entre 18 e 30 anos. Muitas são mães solteiras, responsáveis pelo sustento de seus familiares. Segundo Nelma Pontes, do Núcleo de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas (NETP), a prostituição pode ser até uma opção pessoal, mas é preciso desconfiar do oferecimento de muitas vantagens. “Para vencer na vida, não existem facilidades demais, é preciso desconfiar dessas propostas muito boas. Se a pessoa fizer uma conta matemática, o custo de vida lá é muito mais alto e para ter o mesmo padrão de vida daqui a pessoa precisa se desdobrar (...)”.
Combate ao crime enfrenta desafios
A desarticulação das redes de tráfico humano é uma atitude arriscada e extremante difícil. De acordocom o bispo de Marajó, Dom Azcona, a atividade conta com a conivência de políticos e pessoas influentes,além de estar intimamente atrelada ao narcotráfico, ao tráfico de armas e à exploração sexual de menores.A delegada Marcela Rodrigues também expõe a dificuldade de desarticulação por consequência daspróprias vítimas, pois há uma grande dificuldade para efetuarem denúncias e se desvincularem da rede. “Amaior dificuldade para desarticular redes de tráfico de mulheres é que as envolvidas têm muitas dificuldadesde se perceberem como vítimas, devido ao fato de o aliciador pertencer à sua convivência social; as relaçõessão permeadas por contradições e um desejo muito grande de melhorar de vida, ser independentefinanceiramente e ajudar a família (...).Mesmo com as inúmeras dificuldades, já elencadas, muitas mulheres conseguem retornar ao Brasilatravés de instituições, como a Organização Não Governamental (ONG), “Resgate”, que possui escritóriosem diversos países, e como o próprio nome revela, resgata pessoas que vivem em condições desumanas forado país. Uma vez, de volta à terra natal, essas mulheres enfrentam grandes dificuldades de readaptação, porconsequência da história de terror vivida durante o tempo de permanência fora. Além disso, muitas delasadquirem marcas irreversíveis, como as doenças sexualmente transmissíveis e o vício em álcool e drogas.A diretora de Políticas Públicas para as Mulheres de Goiás, Erondina de Moraes, ressalta que emmuitos atendimentos feitos por sua diretoria, a mulher resgatada possui bens, mas não encontra estruturapsicológica e monetária para um recomeço em sua comunidade original.A crise econômica na Europa tem prejudicado o tráfico e favorecido o resgate das vítimas. Se antesuma mulher cobrava 100 euros por programa, com a crise foi obrigada a baixar seu preço para 20 euros. Ouseja, a prostituição não está mais tão atrativa como antigamente e essas garotas mal vêm conseguido recursospara a própria sobrevivência. No entanto, o principal foco das entidades de luta contra o tráfico humanocontinua sendo a educação e o esclarecimento, para que as vítimas não caiam nessa terrível cilada.Por Maria Amélia Saad, em 14/01/13 - CNBB


TRÁFICO DE PESSOAS E CONTRABANDO DE MIGRANTES

UNODC (Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime) mantém, desde março de 1999, oPrograma contra o Tráfico de Seres Humanos, em colaboração com o Instituto das Nações Unidas dePesquisa sobre Justiça e Crime Interregional (UNICRI). O programa coopera com os Estados-Membros em seus esforços de combater o tráfico de seres humanos, ressaltando o envolvimento do crime organizado nesta atividade e promovendo medidas eficazes para reprimir ações criminosas. A sua atuação por meio da: prevenção - trabalha com os governos, cria campanhas que são veiculadas por rádio e TV, distribui panfletos informativos e busca parcerias para aumentar a consciência pública sobre o problema e sobre o risco que acompanha algumas promessas advindas do estrangeiro; proteção, coopera com os países para promover treinamento para policiais, promotores, procuradorese juízes. Ao mesmo tempo, busca melhorar os serviços de proteção das vítimas e das testemunhasoferecidos por cada país; criminalização, participa fortalecendo os sistemas de justiça dos países para que criminosos seja julgado. Para isso, o tráfico deve ser previsto como crime nas legislações nacionais, que haja a devida aplicação da lei e que as autoridades sejam capazes de inibir a ação dos agentes do tráfico. O que é o tráfico de pessoas? Caracterizado pelo "recrutamento, transporte, transferência, abrigo ou recebimento de pessoas, por meio de ameaça ou uso da força ou outras formas de coerção, de rapto, de fraude, de engano, do abuso de poder ou de uma posição de vulnerabilidade ou de dar ou receber pagamentos ou benefícios para obter o consentimento para uma pessoa ter controle sobre outra pessoa, para o propósito de exploração". Elementos do Tráfico de PessoasO ato (o que é feito): Recrutamento, transporte, transferência, alojamento ou o acolhimento de pessoas.Os meios (como é feito): Ameaça ou uso da força, coerção, abdução, fraude, engano, abuso de poder ou de vulnerabilidade, ou pagamentos ou benefícios em troca do controle da vida da vítima.Objetivo (por que é feito): Para fins de exploração, que inclui prostituição, exploração sexual, trabalhosforçados, escravidão, remoção de órgãos e práticas semelhantes. Para verificar se uma circunstânciaparticular constitui tráfico de pessoas, considere a definição de tráfico no protocolo sobre tráfico de pessoas e os elementos constitutivos do delito, conforme definido pela legislação nacional pertinente.O que é o contrabando de migrantes? Forma de traficar seres humanos. Segundo o Protocolo Adicional à Convenção das Nações Unidas contra o Crime Organizado Transnacional, Relativo ao Combate aoContrabando de Migrantes, o contrabando de migrantes é a entrada ilegal de pessoas em países nos quais ela não possui residência nacional ou permanente, para aquisição de bens financeiros e outros ganhos materiais. Qual é a diferença entre tráfico de pessoas e contrabando de migrantes? O contrabando de migrantes, mesmo em condições perigosas e degradantes, envolve o conhecimentoe o consentimento da pessoa contrabandeada sobre o ato criminoso. No tráfico de pessoas, o consentimento da vítima de tráfico é irrelevante para que a ação seja caracterizada como tráfico ou exploração de seres humanos. O contrabando termina com a chegada do migrante em seu destino, enquanto o tráfico de pessoas envolve, após a chegada, a exploração da vítima pelos traficantes, para obtenção de algum benefício ou lucro, por meio da exploração. O contrabando de migrantes é sempre transnacional, enquanto o tráfico de pessoas pode ocorrer tanto internacionalmente quanto dentro do próprio país.  


AS REDES DO CRIME INTERNACIONAL – CORRUPÇÃO

Corrupção vem do latim corruptus, que significa quebrado em pedaços. O verbo corromper significa
“tornar pútrido”. A corrupção pode ser definida como utilização do poder ou autoridade para conseguir obter vantagens e fazer uso do dinheiro público para o seu próprio interesse, de um integrante da família ou amigo. A corrupção é crime. Veja alguns itens que revelam práticas corruptas: Favorecer alguém prejudicando outros; Aceitar e solicitar recursos financeiros para obter um determinado serviço público, retirada de multas ou em licitações favorecer determinada empresa; Desviar verbas públicas, dinheiro destinado para um fim público e canalizado para as pessoas responsáveis pela obra; Desviar recursos de empresas privadas e até de um condomínio; A corrupção é presente (em maior evidência) em países não democráticos e periféricos. Essa prática infelizmente está presente nas três esferas do poder (legislativo, executivo e judiciário). O uso do cargo ou da posição para obter qualquer tipo de vantagem é denominado de tráfico de influência. Toda sociedade corrupta sacrifica a camada pobre, que depende puramente dos serviços públicos, mas fica difícil suprir todas as necessidades sociais (infraestrutura, saúde, educação, previdência etc.) se os recursos são divididos com a área natural de atendimento público e com os traficantes de influência (os corruptos). Quando o governo não tem transparência em sua administração é mais provável que haja ou que incentive essa prática, não existe país com corrupção zero, embora os países ricos democráticos tenham menos corrupção, porque sua população é mais esclarecida acerca dos seus direitos, sendo assim mais difíceis de enganar.
Atualmente existe uma organização internacional que tem como finalidade desenvolver pesquisas nos
países para “medir” o nível de corrupção. A partir da pesquisa é feita uma classificação de acordo com a nota que vai de 0 a 10. Alguns dados revelam que o primeiro lugar com nota 9,7, que corresponde à margem de confiança, é a Finlândia; e o Brasil ocupa 54° com nota 3,9, margem de confiança 37-41%.

 

MUDANÇA CLIMÁTICA GLOBAL


2013 começa com temperaturas extremas em várias partes do mundo
Já é um consenso entre cientistas que um dos principais resultados do aumento da média de
temperatura do planeta é a maior ocorrência de eventos climáticos extremos – como furacões, incêndios de grandes proporções, inundações, entre outros. E 2013 já começou com temperaturas extremas – tanto de calor quanto de frio – sendo registradas em várias partes do mundo.
A Austrália enfrenta uma das situações mais críticas. O começo do ano australiano é geralmente considerado como a “estação das queimadas”, mas em 2013 os incêndios estão tão intensos que muitas
regiões foram classificadas com nível de risco “catastrófico”. Até a quarta-feira, foram mais de 131 mil
hectares de florestas e campos queimados no Estado de New South Wales, o mais populoso do país, e cerca de 80 mil hectares queimados na Tasmânia. Várias cidades australianas quebraram recordes de calor, com a temperatura chegando a 42.2°C em algumas regiões da Tasmânia. No centro da Austrália, a previsão para sexta-feira é que a temperatura chegue a 48°C. O calor foi tão forte que o instituto de meteorologia da Austrália teve que fazer novos mapas, adicionando cores e temperaturas na escala, que agora vai a 54°C. Enquanto isso, regiões da Ásia quebram recordes de frio. Na Índia, por exemplo, Nova Delhi registrou a temperatura mais fria em 44 anos. O recorde de frio já causou a morte de 175 pessoas no país. A China também sofre com a temperatura. O país enfrenta o pior inverno em 28 anos – em algumas regiões, como a Manchúria, já é o pior inverno em 40 anos. Segundo a agência de notícias estatal Xinhua, o instituto de clima do país acredita que temperatura extrema é resultado das mudanças climáticas. Ao que tudo indica 2013 segue os passos do ano passado, que foi o ano mais quente já registrado nos Estados Unidos, segundo confirmação oficial divulgada nesta semana. O ano não foi fácil para os americanos, que tiveram que lidar com uma seca sem precedentes, incêndios florestais e uma gigantesca tempestade tropical. Eventos que, em um cenário de mudanças climáticas, ficarão ainda mais frequentes.  


PACTO DA ERRADICAÇÃO DA POBREZA

A pobreza é, antes de tudo, a impossibilidade de decidir sobre sua própria vida. Neste sentido,
erradicar a pobreza é incluir nas decisões públicas os pobres, suas representações coletivas, e descentralizar e democratizar radicalmente as instâncias públicas de decisão.
A pobreza é também a privação de direitos sociais. Para garantir a satisfação de necessidades básicas
de todo cidadão, estamos falando de segurança alimentar, trabalho, moradia, saneamento básico, mobilidade, saúde, educação, cultura, esportes e lazer. O foco central deve ser a busca da redução das desigualdades.
Portanto, a ênfase é atender com qualidade os que até então não tenham acesso a esses direitos.
Em setembro do ano 2000, durante a Cúpula do Milênio, 189 países-membros da Organização das
Nações Unidas (ONU) analisaram os maiores problemas mundiais e firmaram um pacto que ficou conhecido como a Declaração do Milênio. Trata-se de um compromisso universal com a erradicação da pobreza e com a sustentabilidade do Planeta, traduzido em oito metas– os 8 Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), que no Brasil são chamadas também de 8 Jeitos de Mudar o Mundo – a serem alcançadas pelas nações até o ano de 2015. Em resumo, os ODMs pautam-se na ideia de que, juntos, podemos mudar a nossa rua, a nossa comunidade, a nossa cidade, o nosso país e o nosso mundo, transformando-os em lugares mais justos, solidários e melhores de se viver. Todos os oito objetivos, afinal, preveem resultados e indicadores precisos, atingíveis por meio de ações concretas dos governos e da sociedade na busca pela solução dos principais problemas da humanidade.
1. Reduzir pela metade o número de pessoas que vivem na miséria e passam fome. Cerca de 980 milhões
de pessoas no mundo vivem com menos de 1 dólar por dia. Algumas ações sugeridas são o apoio à
agricultura familiar, a programas de educação e projetos de merenda escolar.
2. Educação básica de qualidade para todos. Cento e treze milhões de crianças ainda não frequentam a
escola no mundo. Fornecer material didático gratuitamente e capacitar professores fazem parte das iniciativas
adotadas pelos governos.
3. Igualdade entre os sexos e mais autonomia para as mulheres. Dois terços dos analfabetos são mulheres.
A ONU sugere projetos
de capacitação e melhoria da qualificação profissional feminina e a criação de oportunidades de inserção das
mulheres no mercado de trabalho.
4. Redução da mortalidade infantil. A cada ano, 11 milhões de bebês morrem de causas diversas.
Investimento em saneamento básico, estímulo ao aleitamento materno e campanhas de esclarecimento sobre
higiene pessoal e sanitária são algumas das medidas propostas.
5. Melhoria da saúde materna. Nos países pobres e em desenvolvimento, a cada 48 partos uma mãe morre.
As ações passam por iniciativas comunitárias de atendimento à gestante, no pré e pós-parto, e por programas
de apoio à saúde da mulher.
6. Combate a epidemias e doenças. A cada dia, 6800 pessoas são infectadas pelo vírus HIV. A cada ano, 2
milhões de pessoas morrem de tuberculose e 1 milhão, de malária. Distribuição gratuita de remédios e
campanhas de vacinação estão entre as propostas.
7. Garantia da sustentabilidade ambiental. Os governos apostam em programas de coleta seletiva e
reciclagem, no suporte a projetos de pesquisa na área ambiental e no estímulo a práticas sustentáveis,
divulgadas em empresas, escolas e comunidades.
8. Estabelecer parcerias mundiais para o desenvolvimento. O intuito é diminuir a desigualdade entre os
países. Apoio à capacitação profissional de jovens de baixa renda, mobilização de voluntários na área da
educação e estímulo a projetos voltados ao empreendedorismo estão entre as ações.

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